MATERIAL EDUCATIVO SOBRE PREVENÇÃO DE SÍNDROME PULMONAR POR HANTAVÍRUS PARA CRIANÇAS INDÍGENAS HALITI-PARESÍ

Autores

  • Ana Cláudia Pereira Terças-Trettel Universidade do Estado de Mato Grosso UNEMAT - Tangará da Serra-MT http://orcid.org/0000-0001-8761-3325
  • Bianca Carvalho da Graça Universidade do Estado de Mato Grosso UNEMAT - Tangará da Serra - MT
  • Ariadne Cristinne Pereira de Moura Universidade do Estado de Mato Grosso UNEMAT - Tangará da Serra - MT
  • Leonir Evandro Zenazokenae Universidade do Estado de Mato Grosso UNEMAT - Tangará da Serra - MT
  • Vagner Ferreira Nascimento Universidade do Estado de Mato Grosso UNEMAT - Tangará da Serra - MT
  • Thalise Yuri Hattori Universidade do Estado de Mato Grosso
  • Marina Atanaka Universidade Federal de Mato Grosso
  • Elba Regina Sampaio de Lemos Fundação Oswaldo Cruz

DOI:

https://doi.org/10.47385/praxis.v12.n23.1517

Palavras-chave:

Educação em Saúde, Criança, Infecções por Hantavírus.

Resumo

O estudo tem como objetivo descrever o processo de elaboração de um material educativo sobre a prevenção de hantavirose destinado às crianças indígenas Haliti-Paresí. Foi elaborada cartilha educativa bilíngue, nos idiomas Português (Brasil) e na lingua Aruak, porém nos dialetos Waymaré e Kozarini. O material foi destinado para as crianças indígenas Haliti-Paresí com idade inferior a 12 anos. Sua construção correu por meio de reuniões mensais na aldeia Bacaval, entre dezembro de 2014 a julho de 2015, com equipe multiprofissional. Enfatizou-se questões científicas sobre a doença, a fim de promover o aprendizado no qual a criança, de forma participativa e lúdica, (re)conhece o seu cotidiano e estabelece conexões entre exposição e risco e forma de prevenção. Os recursos como narrativas, perguntas, atividades interativas e ilustrações coloridas foram adotados como instrumentos. A elaboração da cartilha permitiu ressignificação do saber científico ao articular as rotinas do cotidiano e as vivencias como forma de percepção de vulnerabilidades e riscos e, até o fortalecimento do uso da língua nativa. Esse entrelaçamento das representações sociais e vivencias mostrou-se como importante estratégia no cuidado e oferta da assistência à saúde de forma mais integral e efetiva. 

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Biografia do Autor

Ana Cláudia Pereira Terças-Trettel, Universidade do Estado de Mato Grosso UNEMAT - Tangará da Serra-MT

 

Mestre em Saúde Coletiva UFMT
Doutora em Medicina Tropical IOC/FIOCRUZ
Docente Adjunta Curso de Enfermagem
UNEMAT - Tangará da Serra

Bianca Carvalho da Graça, Universidade do Estado de Mato Grosso UNEMAT - Tangará da Serra - MT

Acadêmica de Enfermagem 

Universidade do Estado de Mato Grosso
UNEMAT - Tangará da Serra - MT

Ariadne Cristinne Pereira de Moura, Universidade do Estado de Mato Grosso UNEMAT - Tangará da Serra - MT

Acadêmica de Enfermagem 

Universidade do Estado de Mato Grosso
UNEMAT - Tangará da Serra - MT

Leonir Evandro Zenazokenae, Universidade do Estado de Mato Grosso UNEMAT - Tangará da Serra - MT

Enfermeiro.

Universidade do Estado de Mato Grosso

UNEMAT - Tangará da Serra - MT

Vagner Ferreira Nascimento, Universidade do Estado de Mato Grosso UNEMAT - Tangará da Serra - MT

Docente Adjunto Curso de Enfermagem
UNEMAT - Tangará da Serra - MT

Thalise Yuri Hattori, Universidade do Estado de Mato Grosso

Docente Assistente Curso de Enfermagem
UNEMAT - Tangará da Serra - MT

Marina Atanaka, Universidade Federal de Mato Grosso

Docente Adjunta do Instituto de Saúde Coletiva

Universidade Federal de Mato Grosso

Elba Regina Sampaio de Lemos, Fundação Oswaldo Cruz

Chefe do Laboratório de Hantaviroses e Rickettsioses

Instituto Oswaldo Cruz

Fundação Oswaldo Cruz

Rio de Janeiro-RJ

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Publicado

22-09-2020

Edição

Seção

Artigos