TY - JOUR AU - Alves, Lenize dos Santos AU - Graciani, Marynara da Silva AU - Lima, Julia Miller AU - Martins, Cássio AU - Sadde, Débora PY - 2018/07/18 Y2 - 2024/03/29 TI - Educação física escolar e esportes de aventura uma realidade no IEPR-Instituto Educacional de Porto Real JF - Cadernos UniFOA JA - CadUniFOA VL - 5 IS - 1 Esp SE - Especial Educação Física DO - UR - https://revistas.unifoa.edu.br/cadernos/article/view/1634 SP - 10-11 AB - <p>Repensar o tratamento pedagógico oferecido tradicionalmente a determinados conteúdos curriculares, não é tarefa fácil para nenhuma disciplina escolar, tampouco para a educação física escolar. Contudo, é isso que pretendo com este trabalho: repensar e apontar algumas possibilidades para a forma de tratamento pedagógico oferecido aos elementos curriculares da educação física escolar em especial na escolar que ministro as minhas aulas de educação física o IEPR Instituto Educacional de Porto Real. Inicialmente, lançamos um questionamento a centralidade da lógica do trabalho em nossa sociedade, que concomitantemente, institucionaliza-se no espaço escolar e contamina suas práticas pedagógicas, inclusive as da própria educação física. Pensando ser de utilidade reorientar esse aspecto da educação, no intuito de oferecer subsídios para possíveis rupturas a ordem estabelecida, é que apontamos o lazer e especificamente, os esportes na natureza como uma possibilidade de intervenção pedagógica no âmbito da educação física escolar. Este trabalho pretende introduzir uma reflexão acerca da apropriação da prática de esportes na natureza como elemento educativo nas aulas de Educação Física escolar (EFE). A prática esportiva aqui preconizada é dotada de contornos alternativos se comparada aos modelos esportivos tradicionais e institucionalizados, sobretudo os esportes de alto rendimento. O que estamos propondo aqui é uma prática esportiva calcada em princípios fundamentalmente diferentes (BÉTRAN, 2003), a começar pelo deslocamento do objeto de competição do outro, para a natureza ou até para si mesmo, o que cria a possibilidade de surgir uma atmosfera solidária e cooperativa, na medida em que todos naquele grupo compartilham de interesse em comum, portanto, podem articular-se, mais fácil e espontaneamente, de maneira coletiva para alcançarem suas metas (COSTA, 2000). Nesse caso específico, não se trata de uma cooperação forjada artificialmente, como no caso do fairplay, mas sim de uma cooperação que é fruto de um senso de pertencimento coletivo. Em geral elementos ligados a educação ambiental podem emergir com certa facilidade nessas práticas, conforme afirma DIAS (2004) “a dimensão estética, contemplativa, presente nessas práticas, é que viabiliza de maneira lúcida e tangível sua articulação com a ética, imprescindível ao questionamento paradigmático reclamado pela educação ambiental”. Ao sugerirmos que o lazer e os esportes na natureza sejam instrumentalizados como ferramenta de intervenção nas propostas pedagógicas em EFE, estamos vislumbrando um tipo específico de educação física, onde haja uma superação do enfoque ao aprendizado puramente técnico, rumo a um projeto que possa abarcar além dessa dimensão, as co-relações entre o esporte e as vivências corporais praticadas no âmbito da EFE e todo o espectro social, acreditando que com isso conseguiríamos corroborar com uma aprendizagem mais significativa dos alunos, oferecendo uma contribuição mais efetiva ao processo educacional desenvolvido nas escolas.Sendo assim a proposta de EFE em nossa escola é pautada nesse viés com calendário anual de aulas externas como caminhada na pedra selada, costão do pão de açúcar, pico das agulhas negras,mergulho, escalada tirolesa entre outros.</p> ER -