A negação não psicótica da gravidez: vicissitudes de um não saber
DOI:
https://doi.org/10.47385/cadunifoa.v8.n23.165Palavras-chave:
negação não psicótica da gravidez, psicanálise, preocupação materna primária.Resumo
O presente artigo aborda o fenômeno da negação não psicótica da gravidez. Constatou-se, a escassa produção científica sobre esse tema. Trata-se de uma situação na qual há uma negação por parte da mulher de sua própria gravidez. Ressalta-se como aspecto singular desse fenômeno a não presença de um diagnóstico de psicose, bem como o fato de que, muitas vezes, a constatação da gestação ocorre apenas no momento do parto. Este artigo explora algumas considerações sobre essa complexa situação e propõe uma leitura a respeito das consequências desse fenômeno na relação mãe-bebê, a partir de aportes psicanalíticos de Donald Winnicott sobre a preocupação materna primária. Além de possibilitar uma reflexão sobre um fato que ocorre com certa frequência na clínica obstétrica, pretende-se provocar uma discussão a respeito de uma situação cujos inegáveis efeitos interferem na qualidade dos momentos iniciais experienciados entre a mãe e filho.
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