Produção coletiva da pessoa com deficiência: rastreando mediações

Autores

  • Julio Cesar de Almeida Nobre Centro Universitário de Volta Redonda http://orcid.org/0000-0002-9621-6046
  • Ivanete da Rosa Silva de Oliveira Centro Universitário de Volta Redonda
  • Nathan da Cunha Gonçalves Centro Universitário de Volta Redonda
  • Joseane de Almeida dos Santos Centro Universitário de Volta Redonda
  • Camila Fernandes da Silva Centro Universitário de Volta Redonda
  • Dyene Kelly Leopoldina Rodrigues da Silva Centro Universitário de Volta Redonda

DOI:

https://doi.org/10.47385/cadunifoa.v13.n36.1513

Palavras-chave:

Inclusão. Pessoa com deficiência. Teoria Ator-rede.

Resumo

A concepção de pessoa com deficiência tem se revelado instável no tempo. Na Grécia antiga, crianças com deformidades físicas eram descartadas. No início da Era Cristã, apesar da deficiência estar articulada com a noção de pecado, despontam práticas de acolhimento, como as ocorridas em hospitas cristãos. Na Inquisição, agravou-se a articulação com o pecado e concebeu-se a deficiência como relacionamento com o demônio. Nas Cruzadas, porém, muitos passaram a possuir corpos mutilados derivados de guerras santas, esvaziando tal articulação. Com as teorias newtonianas e a medicina moderna, o corpo passa a ser compreendido como mecanismo regido por leis universais. Assim, uma deficiência começa a se produzir como erro no equilíbrio da máquina, no qual normal e patológico são opostos a disputar o corpo, sendo tal normalidade um objeto de contornos anatomofisiológicos bem definidos. Na atualidade, encontramos diferentes cenários a envolver a pessoa com deficiência. No modelo médico, tal deficiência é tratada como anormalidade, com práticas de cura. No modelo da Integração Social, existe a intenção de integração ao social, porém gerando ambientes segregados que simulam o cotidiano. Já no modelo Inclusivista, o social também busca se adaptar no sentido de incluir o diferente. E nesse cenário despontam controvérsias. Os modelos Médico e da Integração Social encontram-se superados? Utilizando-se do referencial da Teoria Ator-rede, objetiva-se analisar a controvertida rede que produz a “pessoa com deficiência” na atualidade, imbricada com mediadores diversos.

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Biografia do Autor

Julio Cesar de Almeida Nobre, Centro Universitário de Volta Redonda

Graduado em Psicologia, com formação em Terapia Centrada na Pessoa (CPP), mestrado e doutorado em Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social (UFRJ), desenvolve pesquisas na área da produção de subjetividade e saberes a partir do referencial da Teoria Ator-rede. É docente do Centro Universitário de Volta Redonda desde 2004.

Ivanete da Rosa Silva de Oliveira, Centro Universitário de Volta Redonda

Doutora em Educação na área de concentração de Políticas Públicas (UERJ). Mestre em Educação Física na área de concentração de subjetividades e atividade física (UGF). Especialista em Gerontologia (UniFOA) e em Docência Superior (UGF). Licenciada em Pedagogia (UNIRIO), Licenciada e Bacharela em Educação Física (UniFOA). É docente do Centro Universitário de Volta Redonda desde 1997. 

Nathan da Cunha Gonçalves, Centro Universitário de Volta Redonda

Discente de bacharelado em Serviço Social do Centro Universitário de Volta Redonda

Joseane de Almeida dos Santos, Centro Universitário de Volta Redonda

Discente de bacharelado em Serviço Social do Centro Universitário de Volta Redonda

Camila Fernandes da Silva, Centro Universitário de Volta Redonda

Discente de bacharelado em Serviço Social do Centro Universitário de Volta Redonda

Dyene Kelly Leopoldina Rodrigues da Silva, Centro Universitário de Volta Redonda

Discente de bacharelado em Enfermagem do Centro Universitário de Volta Redonda

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Publicado

08-05-2018

Como Citar

NOBRE, Julio Cesar de Almeida; OLIVEIRA, Ivanete da Rosa Silva de; GONÇALVES, Nathan da Cunha; SANTOS, Joseane de Almeida dos; SILVA, Camila Fernandes da; SILVA, Dyene Kelly Leopoldina Rodrigues da. Produção coletiva da pessoa com deficiência: rastreando mediações. Cadernos UniFOA, Volta Redonda, v. 13, n. 36, p. 55–68, 2018. DOI: 10.47385/cadunifoa.v13.n36.1513. Disponível em: https://revistas.unifoa.edu.br/cadernos/article/view/1513. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Ciências Sociais Aplicadas e Humanas

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