Parentesco civil em decorrência da técnica de reprodução assistida heteróloga

Autores

  • Mariana Nicolau Macedo Fidelis Faculdade de Direito Professor Damásio de Jesus (FDDJ)

DOI:

https://doi.org/10.47385/cadunifoa.v11.n32.441

Palavras-chave:

Reprodução assistida heteróloga, parentesco civil, origem genética

Resumo

O presente estudo possui como objetivo destacar a mudança trazida pelo Código Civil de 2002, que proporcionou inédita abrangência ao conceito de parentesco civil através da inserção do conceito “outra origem”, constante no artigo 1.593, em contraste com a predominância da técnica legislativa da casuística no Código Civil de 1916, que restringia seu alcance apenas à adoção, de forma taxativa. Ademais, será questionada a possibilidade do indivíduo concebido através de técnica de reprodução assistida heteróloga conhecer sua origem genética, e se tal conhecimento implica desfazimento do vínculo de parentesco civil anteriormente estabelecido, bem como se o conhecimento da ascendência biológica estabelece efeitos jurídicos compatíveis com a filiação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALEXY, Robert. Teoria dos direitos fundamentais. Tradução de Virgílio Afonso da Silva. São Paulo: Malheiros, 2008.

ALMEIDA, Maria Christina de Almeida. O direito à filiação integral à luz da dignidade humana. Anais do IV Congresso de Direito de Família. Belo Horizonte: DelRey, p.417-435, 2004.

BARROSO, Luiz Roberto et al. A nova interpretação constitucional: Ponderação, direitos fundamentais e relações provadas. 3. ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2008.

CABRAL, Hildeliza Lacerda Tinoco Boechat; CAMARDA, Dayane Ferreira. Intimidade Versus Origem Genética: A ponderação de interesses aplicada à Reprodução Assistida Heteróloga. Disponível emAcesso em 01 de set. 2016.

COSTA, Judith Hofmeister Martins. O Direito privado como um sistema em construção: As cláusulas gerais no projeto do Código Civil Brasileiro. Revista de Informação Legislativa, v.35, n.139, p.5-22, jul/set.1998.

DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias. 10. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais. 2015.

DINIZ, Maria Helena. O estado atual do biodireito. 3. ed. São Paulo: Saraiva. 2011.

DWORKIN, Ronald. Levando os direitos a sério. Tradução de Nelson Boeira. 1.ed. São Paulo: Martins Fontes. 2002.

ENEIAS, Miriam Soares; SILVA. Priscilla Alves. Inseminação artificial heteróloga: O reconhecimento da origem genética à luz do princípio da dignidade da pessoa humana. Disponível em: <http://unipacaraguari.edu.br/oPatriarca/V3arquivos/trabalhos/artigo03miria .pdf > Acesso em 28 de ago.2016.

FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Curso de Direito Civil. Volume 6: Famílias. 5. ed. Salvador: Juspodivm, 2013.

FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Curso de direito constitucional. 38. ed. São Paulo: Saraiva. 2012.

GAMA, Guilherme Calmon Nogueira da. Efeitos Civis da Reprodução Assistida Heteróloga. Anais do IV Congresso de Direito de Família. Belo Horizonte: DelRey, p.265-305.

GLANCY, Dorothy J. The invention of right to privacy. n. 21 Ariz. L. Rev. 1. 1979.

GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro, volume 6. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.

LOCATELI, Claudia Cinara; PANDOLFO, Ana Cristina. A intimidade genética: direito à intimidade e à informação na proteção dos dados genéticos. Revista do CEJUR/TJSC: Prestação Jurisdicional, v. 1, n. 02, p. 92 - 119, out. 2014.

LÔBO, Paulo Luiz Netto. Direito ao estado de filiação e direito à origem genética: Uma distinção necessária. Anais do IV Congresso de Direito de Família. Belo Horizonte: DelRey, p.505-531, 2004.

SARLET, Ingo Wolfgang. O Princípio da Dignidade da Pessoa Humana e os Direitos Fundamentais. 10. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2010.

SCALQUETTE, Ana Cláudia S. Estatuto da reprodução assistida. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil. Direito de Família. Volume VI. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

Downloads

Publicado

10-12-2016

Como Citar

NICOLAU MACEDO FIDELIS, Mariana. Parentesco civil em decorrência da técnica de reprodução assistida heteróloga. Cadernos UniFOA, Volta Redonda, v. 11, n. 32, p. 79–88, 2016. DOI: 10.47385/cadunifoa.v11.n32.441. Disponível em: https://revistas.unifoa.edu.br/cadernos/article/view/441. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Ciências Sociais Aplicadas e Humanas

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.