Compósitos PP reforçados com fibras do bagaço de cana-de-açúcar

Autores

  • E. F. Cerqueira UniFOA - Centro Universitário de Volta Redonda
  • C. A. R. P. Baptista EEL/USP - Escola de Engenharia de Lorena
  • D. R. Mulinari UniFOA - Centro Universitário de Volta Redonda

Palavras-chave:

bagaço de cana-de-açúcar, polipropileno, resistência ao impacto

Resumo

A necessidade de desenvolver materiais compósitos reforçados com fibras naturais tem crescido devido às questões relacionadas ao impacto ambiental. Desse modo, as empresas passaram a investir na busca de novas tecnologias para o uso desses materiais. Fibras naturais têm despertado interesse de vários setores como as indústrias automotivas, visando à substituição de materiais convencionais. Essas fibras apresentam várias vantagens quando comparadas às fibras sintéticas, tais como: são biodegradáveis, menos abrasivas ao equipamento de processamento, apresentam baixo custo, baixa densidade e melhor capacidade de isolação térmica e sonora e podem ser incineradas. No entanto, apresentam algumas desvantagens como fraca adesão a inúmeras matrizes quando em seu estado natural e tendência de formar aglomerados durante o processamento. Dessa forma, torna-se necessário modificar essas fibras de modo a aumentar sua compatibilidade com a matriz polimérica. O objetivo foi avaliar a resistência ao impacto de compósitos de polipropileno reforçados com fibras do bagaço de cana-de-açúcar modificadas com solução de H2SO4. Inicialmente, as fibras foram pré-tratadas com soluções de H2SO4 10% m/v. Em seguida, o efeito do tratamento foi avaliado por microscopia eletrônica de varredura (MEV) e difratometria de Raios X (DRX). Em seguida, os compósitos foram misturados em um misturador (5-20% em massa de reforço), moídos e injetados nas dimensões de acordo com a norma ASTM D 6110 - 06 para a realização dos ensaios de impacto do tipo Charpy. Foram avaliadas a energia absorvida a resistência ao impacto. Os resultados obtidos revelaram que a inserção de fibras na matriz de polipropileno influenciou positivamente na resistência ao impacto quando comparado ao polipropileno puro. No entanto, observou-se que ao inserir maior quantidade de fibras nessa matriz polimérica a energia dissipada diminuiu quando comparada ao compósito com menor fração volumétrica.

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Publicado

14-08-2018

Como Citar

CERQUEIRA, E. F.; BAPTISTA, C. A. R. P.; MULINARI, D. R. Compósitos PP reforçados com fibras do bagaço de cana-de-açúcar. Cadernos UniFOA, Volta Redonda, v. 5, n. 1esp, p. 12, 2018. Disponível em: https://revistas.unifoa.edu.br/cadernos/article/view/2386. Acesso em: 20 dez. 2024.

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