Onde há fumaça há fogo. Tabagismo entre escolares de Volta Redonda, um problema de enfermagem

Autores

  • A. A. D. R. Candido UniFoa – Centro Universitário de Volta Redonda
  • A. L. T. D. Souza UniFoa – Centro Universitário de Volta Redonda
  • R. M. S. Meirelles UniFoa – Centro Universitário de Volta Redonda IBEX – Instituto de Biologia do Exerército IOC Instituto Oswaldo Cruz, FIOCRUZ, Rio de janeiro
  • R. M. Santa-Rita IOC Instituto Oswaldo Cruz, FIOCRUZ, Rio de janeiro

Palavras-chave:

Enfermagem, tabaco, adolescentes, escola

Resumo

A indústria do tabaco tem concentrado suas estratégias de marketing sobre crianças e adolescentes. Estudos do Cebrid/Unifesp apontam a relação entre diminuição na experimentação com o aumento de informação, maior inclusão e crescente envolvimento das escolas. O Programa Saber Saúde, do Ministério da Saúde, propõe educação para a saúde objetivando, entre outros, a formação de cidadãos capazes de decidir sobre a adoção de estilos de vidas saudáveis. Neste trabalho avaliamos os fatores condicionantes ao uso do tabaco e a importância da educação na prevenção/conscientização sobre o uso, entre os estudantes de escolas públicas (entre 10 e 19 anos) do município de Volta Redonda. Através da aplicação de questionários e com a abrangência de 23 bairros do município, observamos que a idade média de experimentação para o grupo estudado foi de 11,7 ± 2,8 anos, sendo maior a frequência dentro do grupo masculino (33,3%) do que no grupo feminino (16%). Os fumantes de maior influência entre os entrevistados foram: “amigo ou namorado (a)”, “parentes (primos, tios, avós, etc)” e “irmão” com respectivamente; 75; 12,5 e 12,5%. Analisando os dados de convívio, o grupo que experimentou o cigarro apresentava valores superiores no percentual de familiares e amigos fumantes, quando comparados ao grupo que não o experimentou; 6,5 e 2 vezes maior respectivamente. Sessenta e um por cento dos entrevistados não obtiveram informação sobre tabaco na escola. O enfermeiro é um profissional apto e competente para organizar atividades que visem o empoderamento social sobre a saúde por meio da educação. A abordagem sobre tabaco no âmbito escolar otimiza os resultados desta atividade, sendo a prevenção primária não exercida somente na Unidade Básica ou Programa Saúde da Família, que não sempre consegue lançar atrativos para a participação dos adolescentes em ações de educação em saúde. A educação é a única forma de apagar o fogo alimentado pela indústria tabagista que encanta os adolescentes e lhes priva da verdade que há por traz da fumaça.

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Publicado

04-02-2019

Como Citar

CANDIDO, A. A. D. R.; SOUZA, A. L. T. D.; MEIRELLES, R. M. S.; SANTA-RITA, R. M. Onde há fumaça há fogo. Tabagismo entre escolares de Volta Redonda, um problema de enfermagem. Cadernos UniFOA, Volta Redonda, v. 3, n. 1 esp, p. 70, 2019. Disponível em: https://revistas.unifoa.edu.br/cadernos/article/view/2802. Acesso em: 24 dez. 2024.

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