Espécies de Lactobacillus e seu papel na vaginose bacteriana

Autores

  • Miguel Guzzo Lima Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA
  • Carlos Alberto Sanches Pereira Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA
  • Lara Danielle Nowak Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA

DOI:

https://doi.org/10.47385/cadunifoa.v10.n28.308

Palavras-chave:

Lactobacillus, Vaginose, Probiótico

Resumo

A vaginose bacteriana representa o distúrbio ginecológico mais prevalente em mulheres com idade reprodutiva e tem como etiologia principal a alteração da microbiota vaginal normal, composta predominantemente por lactobacilos, que inibem o crescimento e a adesão de patógenos fornecendo defesa local. O gênero Lactobacillus contém mais de 80 espécies, em que os predominantes no canal vaginal da mulher em idade reprodutiva são: L. crispatus (30,1%), L. jensenii (26,5%), L. gasseri (22,9%) e L. vaginalis (8,4%), destes o L. crispatus demonstrou ser o maior produtor de acido lático e o melhor protetor contra infecções. Devido as suas características benéficas, o L. crispatus poderia ser utilizado como biomarcador de saúde vaginal e como probiótico. Os lactobacilos vaginais usados como probióticos na recolonização e na manutenção da microbiota vaginal, combinados com antibióticos ou não, podem ser eficientes no tratamento e na prevenção de infecções vaginais. Entretanto é preciso mais estudos para confirmar os benefícios do uso de probióticos no tratamento da vaginose.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BROLAZO, E. M. et al. Prevalência e caracterização de espécies de lactobacilos vaginais em mulheres em idade reprodutiva sem vulvovaginites. Rev Bras Ginecol Obstet, v. 31, n. 4, p. 189-195, 2009.

BROOKS, G. F. et al. Microbiologia Médica de Jawetz, Melnick e Adelberg. 25. ed. Porto Alegre: Editora AMGH, 2012.

BROTMAN, R. M. Vaginal microbiome and sexually transmitted infections: an epidemiologic prespective. The journal of clinical investigation, v. 121, n. 12, p. 4610-4617, 2011.

ELEUTÉRIO, J. Vaginose bacteriana. É a falta de infiltrado inflamatório vaginal um fator importante? RBAC, v. 37, n. 4, p. 219-221, 2005.

FARO, S.; SOPER, D. E. Infectious Diseases in Women. Pennsylvania: Editora W.B. Saunders Company, 2001.

FONSECA, E. C.; REZENDE, A. C. S.; FERNANDES, R. L. Corrimentos Vaginais. In: SOGIMIG. Manual de Ginecologia e Obstetrícia SOGIMIG. Belo Horizonte: Editora Coopmed, 2012. p. 343-350.

FREITAS, F. et al. Rotinas em Ginecologia. 6. ed. Porto Alegre: Editora Artmed, 2011.

GIRALDO, P. C. et al. Influência da frequência de coitos vaginais e da prática de duchas higiênicas sobre o equilíbrio da microbiota vaginal. Rev Bras Ginecol Obstet, v. 27, n. 5, p. 257-262, 2005.

HALBE, H. W. Tratado de Ginecologia. 3. ed. São Paulo: Editora Roca, 2000.

HERMMERLING, A. et al. Phase 2a study assessing colonization efficiency, safety, and acceptability of Lactobacillus crispatus CTV-05 in women with bacterial vaginosis. Sexually Transmitted Diseases, v.37 n.12 p. 745-750, 2010.

HOFFMAN, B. L. et al. Ginecologia de Williams. 2. ed. Porto Alegre: Editora AMGH, 2014.

LAMONT, R. F. et al. The microbiome: new information about genital tract flora using molecular based techniques. BJOG, v. 118, n. 5, p. 533-549, 2011.

LINHARES, I. M.; GIRALDO, P. C.; BARACAT, E. C. Novos conceitos sobre a flora bacteriana vaginal. Rev Assoc Med Bras, v. 56, n. 3, p. 370-374, 2010.

MACHADO, A.; JEFFERSON, K. K.; CERCA, N. Interactions between Lactobacillus crispatus and Bacterial Vaginosis (BV)-Associated Bacterial Species in Initial Attachment and Biofilm Formation. International Journal of Molecular Sciences, v.14 p. 12004-12012, 2013.

MARTÍNEZ, W. M. Actualización sobre vaginosis bacteriana. Revista Cubana de Obstetricia y Ginecología, v. 39, n. 5, p. 427-441, 2013.

MASTROMARINO, P.; VITALI, B.; MOSCA, L. Bacterial vaginosis: review on clinical trials with probiotics. New Microbiologica, n. 36, p. 229-238, 2013.

MOORE, K. L.; DALLEY, A. F.; AGUR, A. M. R. Anatomia Orientada para a Clínica. 6. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2011.

PETROVA, M. I. et al. Lactobacillus species as biomarkers and agents that can promote various aspects of vaginal health. Frontiers in Physiology, v.6, n.81, p. 1-18, 2015.

RAVEL, J. et al. Vaginal microbiome of reproductive-age women. PNAS, v. 108, sup. 1 p. 4680-4687, 2011.

RIBEIRO, L. F. N.; DUTRA, P. A.; GALIARDO, G. I. Anatomia e Histologia dos Órgãos Genitais Femininos. In: SOGIMIG. Manual de Ginecologia e Obstetrícia SOGIMIG. Belo Horizonte: Editora Coopmed, 2012. p. 03-11.

SILVA, C. H. P. M.; NEUFELD, P. M. Bacteriologia e Micologia Para o Laboratório Clinico. Rio de Janeiro: Editora Revinter, 2006.

SOARES, H. M. et al. Comparative functional genomics of Lactobacillus spp. reveals possible mechanisms for specialization of vaginal lactobacilli to their environment. Journal of bacteriology, v. 196, n. 7, p. 1458-1470, 2014.

TESTUT, L.; LATARJET, A. Anatomía Humana. Barcelona: Editora Salvat, 1986.

WANDERLEY, M. S. et al. Vaginose bacteriana em mulheres com infertilidade e em menopausadas. RBGO, v. 23, n. 10, p. 641-646, 2001.

Downloads

Publicado

10-08-2015

Como Citar

LIMA, Miguel Guzzo; PEREIRA, Carlos Alberto Sanches; NOWAK, Lara Danielle. Espécies de Lactobacillus e seu papel na vaginose bacteriana. Cadernos UniFOA, Volta Redonda, v. 10, n. 28, p. 83–90, 2015. DOI: 10.47385/cadunifoa.v10.n28.308. Disponível em: https://revistas.unifoa.edu.br/cadernos/article/view/308. Acesso em: 26 abr. 2024.

Edição

Seção

Ciências Biológicas e da Saúde

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)