Morfometria de larvas de Diptera (Simuliidae) como ferramenta de monitoramento biológico
DOI:
https://doi.org/10.47385/cadunifoa.v7.n1%20Esp.1751Palabras clave:
simulídeos, bioindicadores, qualidade da água.Resumen
Os borrachudos (Diptera: Simuliidae) compreendem cerca de 1800 espécies nomeadas pela literatura. Trata-se de uma família de insetos cujo ciclo é caracterizado por quatro estágios (ovo, larva, pupa e adulto), sendo que os três primeiros estão restritos a ambientes lóticos que variam desde pequenos córregos a grandes rios caudalosos. Eles apresentam ampla distribuição geográfica, que se estende desde os trópicos aos círculos polares ártico e antártico. Entretanto, os simulídeos ficam restritos a áreas nas quais as condições lóticas apropriadas proporcionam habitat para o desenvolvimento de seus imaturos. Altas densidades em populações naturais de simulídeos podem ser associadas ao aumento da concentração de matéria orgânica nos rios e ao aporte de dejetos domésticos, agrícolas e industriais, o que faz destes organismos bons indicadores de qualidade ambiental em sistemas lóticos. A presença de matéria orgânica na água e a ausência ou redução nas abundâncias de predadores, tanto pela própria presença de dejetos como pelo uso indevido dos defensivos agrícolas e desmatamento completam um quadro de desequilíbrio ambiental, propiciando, desta forma, condições ideais para uma explosão de crescimento populacional das larvas de simulídeos e potencializando seu uso como indicadores biológicos. Desta forma, o aumento da concentração de matéria orgânica no sistema lótico representa um aumento na disponibilidade de recurso alimentar para a população, o qual segundo a literatura pode refletir no aumento do tamanho do corpo das larvas. Portanto, o presente trabalho buscará relacionar a morfometria dos simulídeos com a qualidade da água em áreas conservadas e não conservadas.
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