O Olhar – Fazer Interdisciplinar no Atendimento às Vítimas de Violência Doméstica no âmbito Policial: Estudo Preliminar
DOI:
https://doi.org/10.47385/cadunifoa.v4.n9.936Palabras clave:
Interdiscplinaridade, Violência Doméstica, Segurança Pública.Resumen
Este trabalho foi desenvolvido durante uma experiência profissional dentro de uma delegacia de polícia – instituição esta que, no final da década de 90, passou por várias reformas não só dentro do seu aparato administrativo, mas na sua concepção de como a mesma vê a violência e suas causas. Os novos profissionais policiais capacitados e preparados vêm com esta concepção, porém, ainda maculada com as velhas práticas repressoras e burocráticas da própria instituição. Com essa mudança, vem à inclusão dos profissionais não policiais, constituídos em sua maioria por assistentes sociais, psicólogos e pedagogos, que primeiramente não são incorporados nos quadros da polícia estadual, mas fazem parte de um projeto que gerou tais modificações dentro do aparato da segurança pública no Estado do Rio de Janeiro. Tal projeto se denomina Programa Delegacia Legal, em que o grupo gestor do mesmo não quer que o projeto seja passageiro, fruto de um momento conjuntural e político, mas quer que ele faça parte do organograma que constituí o sistema de segurança pública de fato. Dentro da “delegacia legal” há a constituição de uma equipe de profissionais – policiais ou não – prontos para atender a população que necessita de demandas que ultrapassam a natureza criminal. As demandas que fogem ao objeto do inquérito policial são ainda desprezadas por muitos profissionais policiais, e gera conflitos com os demais profissionais não policiais – que são capacitados a atenderem tais demandas. Este trabalho expõe as formas de como estas equipes são constituídas dentro de uma delegacia de polícia, e mostra como é possível formar uma equipe – constituída de profissionais policiais e não policiais – que trabalhe de uma forma interdisciplinar, atendendo assim a todas as demandas e encaminhamentos posteriores, mesmo com todas as dificuldades institucionais e com a correlação de forças presente.
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