Produção coletiva da pessoa com deficiência: rastreando mediações
DOI:
https://doi.org/10.47385/cadunifoa.v13.n36.1513Palavras-chave:
Inclusão. Pessoa com deficiência. Teoria Ator-rede.Resumo
A concepção de pessoa com deficiência tem se revelado instável no tempo. Na Grécia antiga, crianças com deformidades físicas eram descartadas. No início da Era Cristã, apesar da deficiência estar articulada com a noção de pecado, despontam práticas de acolhimento, como as ocorridas em hospitas cristãos. Na Inquisição, agravou-se a articulação com o pecado e concebeu-se a deficiência como relacionamento com o demônio. Nas Cruzadas, porém, muitos passaram a possuir corpos mutilados derivados de guerras santas, esvaziando tal articulação. Com as teorias newtonianas e a medicina moderna, o corpo passa a ser compreendido como mecanismo regido por leis universais. Assim, uma deficiência começa a se produzir como erro no equilíbrio da máquina, no qual normal e patológico são opostos a disputar o corpo, sendo tal normalidade um objeto de contornos anatomofisiológicos bem definidos. Na atualidade, encontramos diferentes cenários a envolver a pessoa com deficiência. No modelo médico, tal deficiência é tratada como anormalidade, com práticas de cura. No modelo da Integração Social, existe a intenção de integração ao social, porém gerando ambientes segregados que simulam o cotidiano. Já no modelo Inclusivista, o social também busca se adaptar no sentido de incluir o diferente. E nesse cenário despontam controvérsias. Os modelos Médico e da Integração Social encontram-se superados? Utilizando-se do referencial da Teoria Ator-rede, objetiva-se analisar a controvertida rede que produz a “pessoa com deficiência” na atualidade, imbricada com mediadores diversos.Downloads
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