Informar ou determinar? – Liberdade de imprensa, propaganda política e jornalismo político

Autores

  • B. M. G. Brandão UniFOA – Centro Universitário de Volta Redonda
  • C. de S. Braz UniFOA – Centro Universitário de Volta Redonda
  • C. A. C. Rodrigues UniFOA – Centro Universitário de Volta Redonda
  • J. P. C. dos S. da Conceição UniFOA – Centro Universitário de Volta Redonda
  • V. B. Machado UniFOA – Centro Universitário de Volta Redonda

DOI:

https://doi.org/10.47385/cadunifoa.v6.n2%20Esp.2344

Palavras-chave:

eleições, telejornais, Rede Globo, manipulação

Resumo

O contexto das eleições presidenciais de 2010, polarizada entre a candidatura de Rousseff e de Serra, estimulou a realização deste projeto. Pretendíamos verificar a parcialidade ou imparcialidade de alguns dos principais telejornais da Rede Globo durante o processo eleitoral e se tais atitudes surtiriam algum efeito nas intenções de voto. Partimos de uma reflexão histórica sobre as relações entre mídia e política, detendo-nos principalmente no caso das eleições de 1989, com a edição do último debate do segundo turno entre Collor e Lula na Rede Globo, a qual teria favorecido o primeiro. Analisamos a literatura que investigou a influência da mídia na definição do voto em eleições anteriores e acompanhamos diariamente o Jornal Hoje, Jornal Nacional e Jornal da Globo. O grupo de pesquisa reuniu-se semanalmente avaliando e debatendo as possíveis situações que poderiam configurar favorecimento ou desfavorecimento de algum dos candidatos. As primeiras conclusões vieram da bibliografia, que tem ressaltado que o posicionamento político das mídias não foi definitivo na definição das intenções de voto, tomando como parâmetro as eleições de 2006, em que a despeito das matérias e editoriais diários que acusavam o governo Lula de corrupção não impediram sua reeleição já anunciadas nas pesquisas eleitorais. Com a análise dos telejornais constatou-se a existência de um padrão comum de tratamento aos dois candidatos principais, sem o uso de palavras ostensivamente agressivas ou elogiosas, fato atribuído aos eventos das eleições anteriores, onde tais posicionamentos foram mais evidentes. Frequentemente a percepção de tais manipulações pelos telejornais surgiu associada aos posicionamentos políticos de quem as percebia. Percebe-se, ao final, que é o próprio jornalismo que aparece transformado em função dos resultados dos últimos pleitos.

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Publicado

17-08-2018

Como Citar

BRANDÃO, B. M. G.; BRAZ, C. de S.; RODRIGUES, C. A. C.; CONCEIÇÃO, J. P. C. dos S. da; MACHADO, V. B. Informar ou determinar? – Liberdade de imprensa, propaganda política e jornalismo político. Cadernos UniFOA, Volta Redonda, v. 6, n. 2esp, p. 97, 2018. DOI: 10.47385/cadunifoa.v6.n2 Esp.2344. Disponível em: https://revistas.unifoa.edu.br/cadernos/article/view/2344. Acesso em: 26 abr. 2024.

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