Notas preliminares de uma crítica feminista aos programas de transferência direta de renda: o caso do Bolsa Família no Brasil

Autores

  • Simone da Silva Ribeiro Gomes Psicóloga, formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Mestre em Psicologia Social pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Mestranda em Sociologia e Antropologia pela Université Paris VII.

DOI:

https://doi.org/10.47385/cadunifoa.v6.n15.1039

Palavras-chave:

“Bolsa Família” Program Feminism Regulation

Resumo

Nos últimos anos, os programas de “luta contra a pobreza” e transferência direta de renda estão presentes na maioria dos países latino-americanos. A partir do primeiro ano de governo do presidente Lula (2003), o Brasil enfatiza essa forma de política social, ao unificar diferentes modelos de transferência do governo anterior (1995-2002) em um só programa: o Bolsa Família. O presente artigo busca expor a crítica da regulação da pobreza e o impacto das condicionalidades referentes a esta lógica de intervenção na reprodução social de um grupo específico. A relação entre o Estado e as mulheres – responsáveis únicas pelo sustento financeiro de suas casas e, majoritariamente, as maiores beneficiárias destes programas - é caracterizada por atravessamentos em termos de classe social, gênero e raça. Ao apresentar a perspectiva feminista, este artigo procura abrir uma série de questões ao analisar como as condicionalidades impostas pelo Programa Bolsa Família tendem a naturalizar o papel reprodutivo das mulheres na sociedade brasileira, limitando seu espaço de agenciamento e emancipação.

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Publicado

27-03-2017

Como Citar

GOMES, Simone da Silva Ribeiro. Notas preliminares de uma crítica feminista aos programas de transferência direta de renda: o caso do Bolsa Família no Brasil. Cadernos UniFOA, Volta Redonda, v. 6, n. 15, p. 57–68, 2017. DOI: 10.47385/cadunifoa.v6.n15.1039. Disponível em: https://revistas.unifoa.edu.br/cadernos/article/view/1039. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Ciências Sociais Aplicadas e Humanas

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