O papel do laboratório didático de ciências na visão de mestrandos em ensino de ciências

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47385/praxis.v10.n20.1379

Palavras-chave:

laboratório didático, atividade prática-experimental, epistemologia da ciência, ensino de ciências

Resumo

O presente estudo procurou entender a relação entre epistemologia e pedagogia na visão de mestrandos em ensino de ciências acerca do papel do laboratório didático e das atividades prático-experimentais. Foram investigadas as concepções desses alunos sobre o papel do laboratório didático, as atividades realizadas nele e a sua contribuição para o processo de ensino e aprendizagem. A partir do referencial da análise do discurso e de três modelos teóricos básicos de epistemologias da ciência de Zimmermann, o estudo, de natureza qualitativa, categorizou as falas dos sujeitos da pesquisa de acordo com duas visões sobre as relações entre natureza da ciência e ensino e aprendizagem de ciências. Foram identificados ambivalências e contrapontos que apontam para formas não tão universalistas de entender a ciência.

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Biografia do Autor

Marcus Vinicius Pereira, IFRJ

Marcus Vinicius Pereira possui Licenciatura em Física (1999) e Pós-Graduação Lato-Sensu em Ensino de Física (2000) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática na área de Novas Tecnologias no Ensino de Física (2007) pelo Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET-RJ) e Doutorado em Educação em Ciências e Saúde (2013) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Fez estágio de pós-doutorado na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FE-USP). Mantém vínculo com o Laboratório de Vídeo Didático (LVE) do Núcleo de Tecnologia Educacional para a Saúde (NUTES) e coordena o Laboratório de Pesquisa em Tecnologia, Educação e Cultura (LABTEC) do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), onde atua como professor e pesquisador desde 2006. Leciona Física em cursos de nível médio-técnico, e disciplinas nos cursos de Especialização em Ensino de Ciências e de Mestrado em Ensino de Ciências do IFRJ, onde orienta alunos de pós-graduação. De 1999 a 2007 foi Professor Docente I da Secretaria do Estado de Educação do Rio de Janeiro (SEE-RJ). Atua na área de Educação em Ciências, com ênfase na tríade Tecnologia, Educação & Cultura, que dá nome ao Grupo de Pesquisa que lidera (GPTEC - www.gptec.org). Atua também no Grupo de Estudos de Recepção Audiovisual em Educação em Ciências e Saúde (GERAES - www.nutes.ufrj.br/geraes/). Seus interesses de pesquisa têm se concentrado em investigar a produção e a recepção audiovisual em contextos educativos do ensino de ciências, assim como o papel de atividades prático-experimentais mediadas ou não por tecnologias. Publica regularmente nos últimos anos artigos em periódicos e trabalhos em eventos nacionais e internacionais, livros, além de desenvolver trabalhos técnicos, cursos e materiais instrucionais. Orienta estudantes de mestrado, especialização e iniciação científica. Foi contemplado no Edital FAPERJ Nº 06/2015 - programa "Jovem Cientista do Nosso Estado 2015" com o projeto intitulado "Análise do uso de vídeos como ferramenta complementar de estudo no ensino de ciências".

Maria Cristina do Amaral Moreira, IFRJ

Maria Cristina do Amaral Moreira possui graduação em Bacharelado e Licenciatura Em Ciências Biológicas pela Universidade Santa Úrsula (1979), mestrado em Educação pela Universidade Federal Fluminense (2005) e doutorado em Educação em Ciências e Saúde pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2013). Atualmente é professora do ensino básico, técnico e tecnológico do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Educação, com ênfase na área de ensino de ciências, atuando principalmente nos seguintes temas: livro didático, análise do conteúdo, analise critica do discurso, formação de professores e ensino a distância. Atua como pesquisadora nos mestrados profissional e acadêmico do Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências (PROPEC) e no curso de Especialização Lato Senso em Educação e Divulgação científica.

Referências

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Publicado

04-12-2018

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Artigos