Práticas corporais, ginástica feminina e educação (Valença 1950)
Palabras clave:
Códigos de civilidade, Colégio Sagrado Coração de Jesus. história da educação físicaResumen
O Colégio Sagrado Coração de Jesus, situado no município de Valença, na década de 1950, constituía-se de um corpo discente feminino, o que acarretou uma diversidade de práticas educativas que influenciaram os códigos de civilidade no cotidiano da instituição: condutas de sexualidade, religião, vestimenta, dentre outros. Como estes códigos emergiram nas aulas de Educação Física? Quais os métodos de controle corporal utilizados? Diante do referido contexto, a pesquisa tem como intenção compreender as práticas corporais que emergiram das ações pedagógicas no Colégio Sagrado Coração de Jesus, interferindo nos gestos e códigos de civilidade das alunas da referida instituição. O arcabouço teórico-metodológico do estudo estruturou-se na junção de dois paradigmas que se entreteceram: o paradigma indiciário e a semiologia. O entrelaçamento possibilitou encontrar tessituras importantes para a produção histórica do tempo/espaço estudado. A opção ocorreu devido a dois aspectos que emergem no\do corpus documental utilizado: Primeiro, a fonte oral, que nos permitirá questionar, duvidar e talvez produzir outros possíveis conhecimentos sobre a instituição e suas práticas pedagógicas. O depoimento oral, ainda nos possibilitará a aproximação com a realidade estudada, pois toda fonte histórica derivada da percepção humana é subjetiva, mas apenas a história oral permite-nos desafiar essa subjetividade. Segundo aspecto é o material iconográfico, onde deve se considerar a fotografia simultaneamente, como imagem / documento e como imagem / monumento, onde no primeiro considera-se a fotografia como índice, marca de uma materialidade passada, na qual objetos, pessoas, lugares, nos informam sobre determinados aspectos desse passado (condições de vida, moda, infra-estrutura urbana e rural, condições de trabalho etc.) e no segundo a fotografia é um símbolo, aquilo que no passado, a sociedade estabeleceu como única imagem a ser perenizada para o futuro, sem esquecer que todo documento é monumento, se a fotografia informa, ela também conforma determinada visão de mundo.
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