Estudo sobre a estruturação da política de saúde na Alemanha
Palabras clave:
Alemanha, saúde, seguro-saúdeResumen
Basicamente, no mundo, existem 3 modelos de proteção social aplicados: o liberal (onde os serviços sociais e de saúde públicos são restritos e voltados apenas para um grupo considerado desfavorecido e a maior parte dos serviços é privada), o conservador ou segurosocial (as políticas e serviços sociais são separados e organizados por categorias profissionais, com benefícios que decorrem de prévia contribuição) e o social-democrata (as políticas e os serviços sociais são entendidos como direito do cidadão e abrangem toda sociedade de forma igualitária). O sistema de saúde alemão foi criado no século 19 pelo governo de Bismarck e mantido até os dias atuais quase que inalterado. Constitui-se de uma rede de serviços organizados por caixas ou fundos de trabalhadores por categorias, muito similar ao que no Brasil se chamou de IAPs. Estes fundos são dirigidos por trabalhadores das respectivas classes de trabalho. Nos seguros previdenciário, de desemprego e de acidentes, a maioria dos benefícios é garantida segundo o princípio de equivalência – a extensão dos benefícios depende do valor das contribuições. Assim, há certa correspondência entre benefícios e contribuições. O principal problema enfrentado nos dias de hoje por este sistema de organização de saúde são seu crescente e caro custo, provavelmente só superado pelo sistema americano, pois quando a população está empregada e os seus salários são altos o sistema organizado desta maneira funciona, mas com um contingente cada vez maior de desempregados e, consequentemente, fora deste sistema, em virtude de crises financeiras globais e pela incorporação da antiga Alemanha Oriental, o problema se agiganta, além, claro, da inexistência do que conhecemos por atenção básica, pois os serviços de saúde se concentram no atendimento aos doentes e não em políticas de prevenção.
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