A RELAÇÃO ENTRE PROFESSORES DE QUÍMICA E INTÉRPRETE DE LIBRAS NO CURSO PROFISSIONALIZANTE DE UMA ESCOLA DO MUNICÍPIO DE ITUMBIARA-GO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47385/praxis.v12.n23.3011

Palavras-chave:

Inclusão Escolar, Docentes, TILS

Resumo

Com a inclusão, as pessoas surdas e deficientes auditivos passam a ser inseridos no ensino regular, e com isso é necessário a presença de um profissional Tradutor e Intérprete de Libras (TILS) na sala de aula. Entender como estes profissionais estão se interagindo com os docentes em sala de aula é de suma importância. Sendo assim, esta pesquisa objetivou em realizar um estudo sobre a relação entre professores de química e intérprete de LIBRAS em uma sala de aula inclusiva com o intuito de compreender as implicações e os fatores durante as aulas de química. A pesquisa trata-se de um estudo qualitativo e optou-se pelo uso de questionário contendo 7 (sete) perguntas dissertativas, com a finalidade de traçar o perfil acadêmico dos docentes, bem como informações relacionadas à sua formação, ao ensino de Química na perspectiva inclusiva e a relação entre professor-intérprete no processo de ensino e aprendizagem. Participaram desta pesquisa 3 (três) docentes, sendo um do sexo masculino e duas professoras do sexo feminino, sendo todos com formação em Química. Constatou-se que mesmo com pouca experiência destes professores com alunos surdos, o trabalho pedagógico entre professor-intérprete é de extrema importância, como forma de garantir o processo de ensino e aprendizagem e estes profissionais mostram ter uma boa interação, o que contribui para o ensino da Química, sendo essa uma disciplina de difícil compreensão para os alunos surdos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Rogério Pacheco Rodrigues, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano - Campus Morrinhos

Pós-Graduando em Ensino de Ciências e Matemática pelo Instituto Federal Goiano - Campus Morrinhos e em Educação Profissional e Tecnológica Inclusiva do Instituto Federal do Triângulo Mineiro - Campus Uberaba. É Graduado em Licenciatura em Química, pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás - Campus Itumbiara. É Membro do Núcleo de Pesquisa e Estudos em Química de Goiás (Nupequi) e do Núcleo de Pesquisa e Extensão em Processos Educacionais (NuPEPE). Atualmente é membro voluntário do Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas (NAPNE) do IFG de Itumbiara-GO, o que consta na Portaria nº 302 de 20 de Fevereiro de 2019.

Fernanda Welter Adams, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano - Campus Morrinhos

Licenciada em Química, com Especialização em metodologias do Ensino e Química e Mestrado em Educação (2018) pela Universidade Federal de Goiás/Regional Catalão (UFG/RC). É professora substituta do Instituto Federal Goiano/Campus Morrinhos, no Departamento de Química.

Jaliane Soares Borges dos Santos, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás - Campus Itumbiara

Graduada em Pedagogia e Especialista em Libras e Educação Inclusiva com Ênfase em Autismo. Mestranda em Estudos e Ciências da Educação pela UNIGRAN. Tradutora e Intérprete de Libras do Instituto Federal de Goiás - Campus Itumbiara.

Jéssyca Lourraine Garcia Eugênio, Escola SENAI unidade de Itumbiara (GO)

Graduada em Licenciatura em Química, pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás - Campus Itumbiara. Participa do Grupo de Pesquisa: Núcleo de Pesquisa e Estudos em Química de Goiás (Nupequi). Atualmente é membro efetivo da Escola SENAI Itumbiara atuando Coordenadora Pedagógica.

Referências

ADAMS, F. W. Docência, Formação de Professores e Educação Especial nos Cursos de Ciências da Natureza. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Goiás, Unidade Acadêmica Especial e Educação - Programa de Pós-Graduação em Educação, Catalão, 2018.

BOTELHO, P. Educação inclusiva para surdos: desmistificando pressupostos. Sociedade Inclusiva. M.G., 1999.

BRASIL. Decreto nº 5.626. Regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, e o art. 18 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Publicado no diário Oficial da União em 22 de dezembro de 2005.

______. Lei nº 10.436. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS e dá outras providências. Publicado no diário Oficial da União em 24 de abril de 2002.

_______. Língua Brasileira de Sinais: “uma conquista histórica”. Senado Federal: Brasília, 2006.

______. Lei n. 12.319/10, 1 de setembro de 2010. Reconhece a profissão do Tradutor e Intérprete de Língua de Sinais. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF.

CAMPOS, J. A. P. P.; DUARTE, M. O aluno com deficiência na EJA: reflexões sobre o atendimento educacional especializado a partir do relato de uma professora. Revista Educação Especial, v. 24, n. 40, p. 271-284, 2011.

CHARALLO, T. G. C.; FREITAS, K. R.; ZARA, R. A. Análise dos Sinais de Química Existentes em Libras Segundo a Gestualidade. Experiências em Ensino de Ciências, v.13, n.1, 2018.

DORZIAT, A.; ARAÚJO, J. R. O intérprete de língua de sinais no contexto da educação. Revista Brasileira de Educação Especial, v. 18, n. 3, p. 391-410, 2012.

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5ª edição. São Paulo: Atlas, 1999.

GONZÁLEZ REY, F. L. Pesquisa Qualitativa e Subjetividade: os processos de construção da informação. Tradução Marcel Aristides Ferrada Silva. São Paulo: Cengage Learning, 2010.

LACERDA, C. B. F. de. A prática pedagógica mediada pela língua de sinais: trabalhando com sujeitos surdos. Caderno CEDES, Campinas, v. 20, n. 50, 2000.

LACERDA, C. B. F.; SANTOS, L. F. Tenho um aluno surdo, e agora? Introdução à libras e educação de surdos. 1. ed. São Carlos: EDUFSCar, 2013. v. 1, 254p.

MARTINS, H. H. T. D. Metodologia qualitativa de pesquisa. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.30, n.2, p. 289-300, 2004.

NOZI, G. S.; VITALIANO, C. R. Saberes necessários aos professores para promover a inclusão de alunos com necessidades Educacionais Especiais. Revista Educação Especial, v. 25, n. 43, p. 333 - 348, 2012.

PEREIRA, V. A.; MENDES, E. G. Análise conceitual da deficiência auditiva: perspectivas históricas e educacionais. In: da COSTA, M. P. R. (Org). Educação Especial: aspectos conceituais e emergentes. São Carlos: EDUFSCar, 2009.

PEREIRA, L. L. S.; BENITE, C. R. M.; BENITE, A. M. C. Aula de Química e Surdez: sobre Intervenções Pedagógicas Mediadas pela Visão. Química Nova na Escola, v. 33, n. 01, 2011.

RIBEIRO, R. N.; BARRETO, S. O papel do professor no processo de ensino - aprendizagem de química na educação para jovens e adultos (EJA). In:Encontro Nacional de Ensino de Química, 16. 2012, Salvador. Anais...Salvador: Eneq, 2012.

SALDANHA, J. C. O ensino de química em língua brasileira de sinais. 2011. 160f. Dissertação (Mestrado em Ensino das Ciências na Educação Básica) – Curso de Pós Graduação Pós Graduação em Ensino das Ciências na Educação Básica, Universidade do Grande Rio Universidade “Prof. José de Souza Herdy”, Duque de Caxias, 2011.

SASSAKI, R. K. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. 8. ed. Rio de Janeiro: WVA, 1997.

TENOR, A. C.; DELIBERATO, D. Sistematização de um programa de capacitação ao professor do aluno surdo. Revista Brasileira de Educação Especial, v. 21, n. 3, p.409-422, 2015.

TURQUETI, A.; SOUZA, C. B. G.; CHINALIA, F. Formação de professores na perspectiva da educação inclusiva: considerações iniciais sobre as políticas educacionais. In: MARTINS, S. E. S. O.; GIROTO, C. R.; SOUZA, C. B. G. (org.) Diferentes olhares sobre a inclusão São Paulo: Cultura Acadêmica; Marília: Oficina Universitária, 2013.

ZAGO, Nadir et all. (Org.). Itinerários de Pesquisa – perspectivas qualitativas em Sociologia da Educação. Rio de Janeiro: DP&A, 2003.

Downloads

Publicado

22-09-2020

Edição

Seção

Artigos