CONSIDERAÇÕES SOBRE A IMPORTÂNCIA DA INDIVIDUALIDADE E DAS DIFERENÇAS PESSOAIS DE CONCEPÇÃO PARA A FORMAÇÃO DO EDUCADOR
DOI:
https://doi.org/10.25119/praxis-5-10-591Abstract
As discussões concernentes à Educação, em particular no processo de formação do educador, clamam por relevância. No entanto, relativamente pouca atenção tem sido dada a esse aspecto. O presente estudo, em forma de ensaio, procura discutir a importância que as diferentes concepções pessoais acerca da Ciência (em caso específico, das Ciências Biológicas) apresentam no processo de formação de professores, apontando brevemente para algumas influências destas individualidades, tanto nas práticas docentes, quanto na elaboração de metodologias para o ensino de Ciências. Pressupomos que todo e qualquer campo científico admite um duplo aspecto em sua concepção: autenticidade e pluralidade. A noção de autenticidade adotada neste texto é entendida pela interpretação de que qualquer concepção de Ciência depende, de certa parte, de uma rede própria de valores e princípios que nos constitui, fazendo com que tal concepção seja sempre individual, intransferível e, portanto, legítima. A ideia de pluralidade aqui trabalhada, por sua vez, pode ser entendida como a noção de que, em linhas gerais, a Ciência admite distintos graus de concepção sobre seu objeto, consoante o ângulo de investigação adotado por quem o concebe, ângulo este resultante de princípios epistemológicos, filosóficos, sociais, éticos, religiosos, etc. Pôde-se concluir que cada indivíduo, mediante sua individualidade, concebe necessariamente a Ciência de maneira toda própria. Assim, no processo de formação do educador, o foco deve se voltar para a problematização consoante à individualidade e às diferenças de concepção de todos os atores envolvidos em tal situação.Downloads
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References
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