Educomunicação socioambiental: produção de peças educomunicativas como metodologia de ensino para a Educação Ambiental
DOI:
https://doi.org/10.47385/praxis.v11.n21.1270Palabras clave:
Educação ambiental, educomunicação socioambiental, práxis, escolas.Resumen
A educomunicação é um campo emergente que leva à apropriação democrática e autônoma de produtos de comunicação. A educomunicação socioambiental por sua vez tem como foco gerar saberes na interação social e com a natureza, enquanto que a Educação Ambiental crítica promove a emancipação dos diferentes grupos sociais. Portanto, essa pesquisa visou contribuir para o desenvolvimento de uma metodologia inovadora que visa a inserção dos princípios da Educomunicação e da EA crítica no cotidiano educacional, transpondo esses princípios teóricos em uma metodologia organizada em um material paradidático. A presente investigação adotou uma abordagem qualitativa do tipo pesquisa participante. Os resultados e discussão foram apresentados em três subitens: elaboração e descrição do material paradidático, intervenção pedagógica e avaliação do material pelos professores. Os sujeitos envolvidos no processo foram professores(as) de um colégio do campo da rede estadual do Paraná. As análises revelaram que na elaboração e descrição do material didático e na intervenção pedagógica, a transposição dos princípios teóricos dos dois campos do conhecimento esteve presente. A materialização dessa transposição se deu nas 3 peças educomunicativas elaboradas pelos professores. As entrevistas apontam para viabilidade da educomunicação socioambiental como uma metodologia de ensino para o aprofundamento da EA crítica dentro do espaço escolar, uma vez que não apresenta caráter pontual e não desvincula a teoria da prática. Assim, a educomunicação socioambiental dialoga com os princípios da EA crítica fomentando possíveis reflexões sobre os desafios contemporâneos socioambientais dentro das escolas, podendo ser acessíveis aso professores por meio do material paradidático analisado nessa pesquisa.Descargas
Citas
BARDIN, L. Análise do conteúdo. 70. ed. Lisboa: Edições 70, 1977.
BRACAGIOLI, A. Metodologias Participativas. In: SANTOS, J. E. do. Encontros e Caminhos: formação de educadoras (es) ambientais e coletivos educadores. 2. ed. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2007. p. 227-242.
BRANDÃO, C. R. Repensando a Pesquisa Qualitativa. 3. ed. São Paulo: Brasiliense, 1987. 253 p.
COSTA, F. de A. M. da (Org.). Educomunicação socioambiental: comunicação popular e educação. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2008. 50 p. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/estruturas/educamb/_arquivos/txbase_educom_20.pdf>. Acesso em: 12 out. 2015.
DIAS, B. de C. Em Busca de uma Práxis em Educação Ambiental Crítica: contribuições de alguns pesquisadores do Brasil. 2013. 80 f. Dissertações (Mestrado) - Curso de Mestrado Profissional em Ensino de Ciências, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013. Disponível em: <http://www.ifrj.edu.br/webfm_send/5526>. Acesso em: 12 nov. 2013.
FICK, U. Introdução à Pesquisa Qualitativa. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004.
FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. 17. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1968. 253 p.
FORTUNATO, I; TORQUATO, I. Comunicar para educar: educomunicação e leitura na escola. Rumores, [s. l], v. 4, n. 8, p.1-9, 6 dez. 2015. Universidade de São Paulo Sistema Integrado de Bibliotecas – SIBiUSP. http://dx.doi.org/10.11606/issn.1982-677x.rum.2010.51217.
GIL, A. C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6. ed. São Paulo: Atlas S. A, 1994. 199 p.
GODOY, A. S. Pesquisa qualitativa: tipos fundamentais. Revista de Administração de Empresas, [s.l.], v. 35, n. 3, p.20-29, jun. 1995.
GUIMARÃES, M. Dimensão Ambiental na Educação. 5. ed. Campinas: Papirus, 2005. 107 p.
GUIMARÃES, M. Educação Ambiental Crítica. In: LAYRARGUES, P. P. (Org.). Identidades da Educação Ambiental brasileira. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2004. p. 25-34. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/estruturas/educamb/_arquivos/livro_ieab.pdf>. Acesso em: 01 fev. 2016.
GUIMARÃES, R. A ética da sustentabilidade e a formulação de políticas de desenvolvimento. In: VIANA, G. (Org.). O desafio da sustentabilidade. São Paulo: Fundação Perseu Abrano, 2001. p. 43-71.
LOUREIRO, C. F. B. Crítica ao fetichismo da individualidade e aos dualismos na educação ambiental. Educar em Revista, [s. l], n. 27, p.37-53, jun. 2006.
LOUREIRO, C. F. B. Trajetória e Fundamentos da Educação Ambiental. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2012. 165 p.
MAIA, J. S. da S. Educação Ambiental Crítica e Formação de Professores. Curitiba: Appris, 2015. 240 p.
MINAYO, M. C. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis: Vozes, 2004.
SANTOS, R. V. Abordagens do processo de ensino e aprendizagem. Integração, São Paulo, v. 40, n. 1, p.19-31, jan. 2005. Disponível em: <ftp://www.usjt.br/pub/revint/19_40.pdf>. Acesso em: 01 dez. 2015.
SAUVÉ, L; ORELLANA, I. A formação continuada de professores em educação ambiental: a proposta do EDAMAZ. In: SANTOS, J. E. do; SATO, M. (Org.). A contribuição da educação ambiental à esperança de Pandora. São Carlos: Rima, 2001. p. 273-287.
SCHAUN, A. Educomunicação: Reflexões e Princípios. Rio de Janeio: Mauad, 2002. 128 p.
SILVA, M. L da; SAITO, C. H. A Educação Ambiental em comunidades fora de áreas urbanas: aspectos metodológicos. In: PEDRINI, A. G; SAITO, C. H (Org.). Paradigmas metodológicos em educação ambiental. Petrópolis: Vozes, 2014. p. 222-256.
SGARBI, A. D. et al. A alfabetização científica no contexto da sustentabilidade: discussão sobre uma formação de agentes socioambientais. Revista Práxis, Volta Redonda (RJ), ano VII, n. 14, p. 19-26, Dezembro de 2015.
SOARES, I. de O. Rádio na escola: a palavra viva. Carta capital, São Paulo, n.9, p. 44-46, 2006.
SOARES, I. de O. Educomunicação o conceito, o profissional, a aplicação: contribuições para a reforma do Ensino Médio. 3. ed. São Paulo: Paulinas, 2011. 102 p.