EDUCAÇÃO PERMANENTE E SAÚDE MENTAL: o caso da condução de grupos em Centros de Atenção Psicossocial (CAPS)
DOI:
https://doi.org/10.47385/praxis.v13.n26.2632Keywords:
Trabalho em equipe. Grupo. Psicoterapia de grupo. Saúde mental. Programa de saúde mental.Abstract
O trabalho com grupos associado à área da saúde mental pode superar o aspecto da normalização do cuidado com pacientes com sofrimento emocional significativo. Este artigo objetiva identificar como quatro equipes de profissionais avaliam seu trabalho na condução de grupos nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), da Região de Saúde do Extremo Oeste de Santa Catarina. Realizou-se uma pesquisa qualitativa, sendo que os participantes foram doze profissionais que trabalham conduzindo grupos. Como resultados, identificou-se que o trabalho com grupos é desafiante, envolve mais pessoas e pode apresentar situações imprevistas no planejamento inicial dos profissionais. Tal fato necessariamente implica em domínio de técnicas e aprimoramento constante através da Educação Permanente para a realização das intervenções necessárias.Downloads
References
ALVERGA, A. R.; DIMENSTEIN, M. Psychiatric reform and the challenges posed by deinstitutionalization. Interface - Comunic., Saúde, Educ., v.10, n.20, p.299-316, jul/dez 2006.
AMÂNCIO FILHO, A. Dilemas e desafios da formação profissional em saúde. Interface – Comunic., Saúde, Educ., v. 8, n. 15, p. 375-380, mar./ago., 2004.
BARBOSA, G. C.; COSTA, T. G. da; MORENO, V. Movimento da luta Antimanicomial: trajetória, avanços e desafios. Cad. Bras. Saúde Mental, Rio de Janeiro, v. 4, n. 8, p. 45-50, jan./jun. 2012.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70. 2000.
BRASIL. Lei n. 10.216, de 06 de abril de 2001. Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2001.
______. Portaria MS n. 336, de 19 de fevereiro de 2002. Define e estabelece diretrizes para o funcionamento dos Centros de Atenção Psicossocial. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2002.
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Saúde mental no SUS: os centros de atenção psicossocial. Brasília: Ministério da Saúde, 2004.
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Cadernos de Atenção Básica: saúde mental, n. 34. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.
CASTANHO, P. Uma Introdução aos Grupos Operativos: Teoria e Técnica. Revista do NESME, v. 9, n. 1, p. 47–60, 2012.
FREUD, S. A Ansiedade In: Conferências Introdutórias sobre a Psicanálise (Parte III) (1915-1916), v. XVI, p. 393-412.Rio de Janeiro: Imago Editora, 1996.
GONÇALVES, A. M.; SENA, R. A Reforma Psiquiátrica no Brasil: contextualização e reflexos sobre o cuidado com o doente mental na família. Revista Latino de Enfermagem. Ribeirão: v. 09, n. 2, p. 48-55, 2001.
LIMA, L. et al. Satisfação e insatisfação no trabalho de profissionais de saúde da Atenção Básica. Esc Anna Nery, v. 18, n. 1, p. 17-24, 2014.
LLAPA-RODRÍGUEZ, E. O. et al. Comprometimento organizacional e profissional da equipe de saúde. Enfermaría Global. n. 17, p. 1-16, out. 2009.
MINAYO, M. C. S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 7 ed. Rio de Janeiro: Abrasco, 2000.
NUNES, M.; LANDIM, F. L. P., (Org.). Saúde mental na atenção básica: política e cotidiano. Salvador: EDUFBA, 2016.
OLIVEIRA, R. G. (Org.). Qualificação de gestores do SUS. Rio de Janeiro: EAD/Ensp, 2009.
PAULA, P. P. Saúde mental na Atenção Básica: política, trabalho e subjetividade. 2011. 202 p. Tese (Doutorado em Psicologia Social) – Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo. 2011.
RICHARDSON, R. J. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2008.
ROSSONI, E.; LAMPERT, J. Formação de profissionais para o Sistema Único de Saúde e as diretrizes curriculares. Boletim de Saúde. Porto Alegre, v. 18, n. 1, p. 87-98, jan./jun. 2004.
SANTOS, E. G. dos. O grupo como estratégia terapêutica nos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas do Espírito Santo. 2010. 125 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva) – Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2010.
SILVA, A. L. A. C. et al. Atividades grupais em saúde coletiva: características, possibilidades e limites. Revista de Enfermagem da UERJ, v. 11, p. 18-24, 2003.
SOUZA, A. C. de.; VASCONCELLOS, M. M.; AMARANTE, P. Novas perspectivas em atenção psicossocial. Dynamis Revista Tecno-Científica. FURB, Blumenau-SC, v.12, n. 46, p. 23-28, jan./mar. 2004.
TENÓRIO, F. A Reforma Psiquiátrica brasileira, da década de 1980 aos dias atuais: história e conceito. Hist., Cienc., Saude - Manguinhos, v.9, n.1, p.25-59, 2002.